5 de jun. de 2012

GYPSY -1:
ALGUMAS IMPRESSÕES SOBRE NOSSA PRIMEIRA CERVEJA E NOSSA PRIMEIRA FALHA

Lembram-se de que no post sobre EQUIPAMENTOS, foi mencionado que tivemos alguns “probleminhas” na feitura de nossa primeira cerveja? Pois é, ela falhou. Mas, antes das conjecturas a respeito do que pode ter acontecido, vamos explicar o porquê do nome GYPSY -1 (menos um), e gostaríamos também de vos apresentar o rótulo que fizemos.

O “-1” utilizado para nomear a cerveja se deu pelo fato de que a considerávamos um treinamento, uma antes do ponto zero. Escolhemos fazê-la com extrato ao invés de grãos e a maior parte do nosso equipamento era improvisado, o rótulo foi feito através da técnica da xilogravura, porém, marinheiros de primeira viagem na técnica, escolhemos o MDF por ser uma madeira sintética e mais macia, fácil de manusear, mas que infelizmente não apresenta veios, que dão tanta personalidade à xilogravura. O que pretendíamos com a “-1” era o empurrão inicial, o que não funcionou até certo ponto, mas não podemos dizer que o empurrão que tivemos foi precipício abaixo, pretendemos entender o que deu errado, inclusive aceitamos opiniões e sugestões. O rótulo vai abaixo, primeiro a matriz, e depois um teste de impressão posicionado na garrafa.

 (Perdão pelas fotos não muito boas)

Para evitar um descritivo dos procedimentos, vamos listar aqui algumas impressões a respeito dos possíveis motivos desta falha. Algumas das dificuldades que encontramos durante a feitura desta nossa primeira cerveja foram:

1 – Dificuldade na fervura utilizando fogão doméstico;
2 – Demora no processo de resfriamento;
3 – Possível má vedação do fermentador;
4 – Possível má oxigenação do mosto.
5 – Problemas com o fermento comprado.

As opiniões são controversas entre o grupo (Hugo, Fernando e Bruno), o fato é que a cerveja não fermentou ou fermentou muito pouco. Não foi constatada atividade no airlock, porém, pelo cheiro e pelo gosto, parece ter ocorrido alguma fermentação. Não se pode verificar contaminação, pois, como disse acima, o cheiro não foi prejudicado, mas o gosto era meio azedo. A oxigenação foi realizada despejando o líquido de longe, o que se demonstra eficaz na maioria dos relatos de cervejeiros, logo, surge a possibilidade de que o fermento, por ter ficado por 8 dias em transito pelo correio, possa ter sido danificado pela variação de temperatura.

Por enquanto é tudo hipótese, mas reconhecemos um lado muito bom, que de certa maneira nos conforta da decepção de não podermos provar da nossa primeira “criação”. Nós aprendemos com nossos erros. Mediante tantos pequenos problemas, o que podemos perceber é que temos de ser mais criteriosos e planejar cada detalhe com antecedência. Seguramente esta não será nossa única falha, o que é natural, mas evidentemente, tais condutas não devem se repetir nas próximas tentativas.

Hugo Lemos e Bruno Bontempo

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